Olá pessoal! Como estão todos?
Hoje estava pensando na vida quando uma cena me chamou a atenção. Meu irmão caçula estava jogando xadrez com um amiguinho, quer dizer, estavam tentando; aquilo parecia mais uma mistura de dama com gamão do que qualquer outra coisa. Até o momento em que ele me pede pra explicar as regras, então expliquei algumas coisas básicas e continuei a observar. Ao ver eles jogando, além de me trazer recordações da época em que jogava, também fez com que eu pensasse o quanto a vida é parecida com esse jogo.
Parece filosofia de boteco, não é mesmo? Mas é uma verdade. A vida é um jogo no qual existe diversos momentos. Oras estamos como peças, oras como jogador e em outras vezes como meros expectadores. E nesse jogo participamos de diversas partidas com uma infinidade de jogadores. Podemos jogar com a vida, com a morte, com amor, com sucesso, com fracasso, com desabor ou com a felicidades, sem citar outros tantos como por exemplo uma outra pessoa.
O prêmio pode ser diverso: amor, estabilidade, emprego. Mas sempre estamos no jogo!
E o que mais me chama a atenção nesse paralelo da vida com o xadrez é que os fundamentos básicos do esporte de tabuleiro se encaixa perfeitamente no cotidiano. Qualquer jogador sabe que um movimento gera uma infinidade de possibilidades e que muitos experts conseguem prever as possíveis jogadas dos adversários e quais são as melhores respostas. Na vida não é diferente, um ato pode gerar uma infinidade de caminhos e muitas vezes conseguimos prever varias alternativas para certos acontecimentos. Isso é bom, estarmos preparados para diversos tipos de situações que possa ocorrer, afinal, a vida é dinâmica, mutável e irônica. Devemos sempre estar atentos para os nossos lances, para não perdemos a partida logo no inicio.
Outra coisa que um bom jogador deve saber é que no meio do jogo dependendo de como está a disposição das peças no tabuleiro, de como foram a suas jogadas, não importa o que você faça o desfecho já está traçado. Um movimento errado ou até mesmo impensado, pode trazer consequências péssimas, assim como muitas situações já conhecida pelos jogadores e registradas em livros nas quais por mais que sejas hábil não vais conseguir escapar do desfecho fatídico. Isso é clássico na vida! Quantas vezes nos vemos em situações idênticas as quais vivenciamos anteriormente e por mais que façamos diferente o resultado é o mesmo? A vida mostra que, assim como as regras básicas do xadrez, ao se encontrar na mesma situação de jogo o resultado vai ser igual, a superioridade de um lado sempre vai ressaltar e muitas vezes não jogamos com seres humanos para esperar um erro idiota para nos salvarmos. Situações iguais têm resultados iguais, isso é fato.
Essa perspectiva é interessante porque sabendo "jogar" você não precisa ter poderes mediunicos para saber o que vai acontecer. Você está em uma situação, faz um ato no qual você sabe quais são as possibilidades possíveis para próximas jogadas ou as possíveis respostas do outro jogador e suas contra respostas. Dependendo dos lances, você vendo como está dispostas as peças no tabuleiro da vida, você já sabe qual é o final. Isso é clássico em relacionamentos amorosos, muitas vezes você testa a outra pessoa, ela tem uma reação, a qual estava dentro da sua previsão e dependendo das reações seguintes, você sabe o que vai acontecer. Como também quando você se encontra em uma situação familiar onde todos os lances caminha para o desfecho conhecido, não adianta sacrifícios de peças, o jogo já está decidido.
Outra coisa básica que se assemelha com a vida é que quem faz o primeiro lance tem a vantagem e, se não fizer uma estupidez, na pior das hipóteses empata. E que algumas vez estamos com as brancas e outras com a preta, só nos resta sabermos conduzir a partida para a melhor situação possível.
E é assim que eu vejo a vida. Um eterno jogo, onde algumas partidas ganhamos, outras perdemos. Mas o importante é aprendermos, criarmos experiência para não cairmos nessas situações com desfecho certo e assim quem sabe um dia jogaremos só com as brancas.
Divagação - Desabafo – Retrospectiva
Há 14 anos