Olá pessoal! Como estão? Aqui está um frio de rachar, mas nada que surpreenda em um Agosto. Falando nisso, lembrei-me de que falta pouco para o dia fatídico do meu aniversário. Quem me conhece sabe, eu não gosto de comemorar. Talvez seja por acreditar que minha passagem nesse ciclo da vida seja curta ou simplesmente por termos aquelas famosas retrospectivas.
E tomando por bases as retrospectivas é que a idéia do post de hoje surgiu. O quanto evoluímos com o passar do tempo? Ou podemos dizer que mesmo passando mais um ano em situações cotidianas ou inusitadas, podemos sofrer o mal de regredir? Interessante não é verdade?
A vida sempre nos deixas marcas, sejam elas boas ou más, sendo elas o grande alarme, o "spider-sense" em nossa vida. Vou tentar ser mais sucinto: são as nossas experiências que nos fazem cometer certas atitudes. Como? Bom! Daí depende de quão profunda foram essas marcas. Ao ouvir essa afirmação parece óbvio, mas por outro lado ela pode se apresentar muito abstrata. Paradoxal? Não sei, como eu falei a vida é irônica, então devemos aprender com ela.
Realmente esse parece um papo de boteco não é verdade? Mas idéia do blog sempre foi essa! E talvez nele, lendo os post antigos, é que percebo, no caso, a minha "mudança" ,seja de atitude ou pensamento, perante as situações em minha vida. Comecei dia 12/05/08 escrevendo a "Apresentação", depois o primeiro post digamos verdadeiro foi sobre o "Eu te amo", lembro exatamente o que me levou ou me moveu a escrever aquele post como tantos outros baseado no tema relacionamento. Depois veio a fase de escrever sobre nada construtivo ou com um teor interativo, como foi "Carro", "Machismo", "Indiadas", e mais uma vez, eu sei o porquê daqueles posts.
Agora vocês devem estar perguntando: Qual foi o motivo? Eu diria que primeiro para me expressar diante de certa situação, segundo para que no futuro eu tivesse um ponto de referência sobre o quanto cresci ou não. Estranho? Talvez! Mas tentamos entender. A evolução a qual me refiro, não está somente na questão literária ou de formação de idéias. Está na formação do caráter e de um senso crítico com os outros e consigo. Vivendo e expressando a cada momento o que passamos. Lembro quando comecei a escrever, além de não ter muita coesão e ser mais irreverente, sempre fiz post levando em conta a parcialidade dos meus sentimentos, foi assim com o " Eu te amo" e o " O outro lado do Eu te amo". Talvez por naquela época eu estivesse atravessando uma fase difícil de solidão e decepção depois de um término de um noivado. Agora vocês botequeiros podem estar se perguntando: o que mudou? No que você acredita que evoluiu? Talvez nem eu tenha a resposta, mas hoje ao terminar um namoro, eu consegui colocar em prática o que escrevi em " O vento", entendi que o amor que depositamos no outro é nosso e de mais ninguém e que não devemos ter ódio ou sentimentos ruins pela outra pessoa, esses sentimentos também só serão nosso. Um ponto para a evolução, eu acredito!
É incrível ver que em textos que muitas vezes parecem ser feitos sem propósitos demonstram tantas coisas! Aprendi por exemplo que carro não é tudo e que mesmo sonhando com uma Lamborghini, ver a Aurora Boreal seria mais prazeroso que correr a 300km/h. Entendi que fatos como descrevi em "Indiada", que antes pareciam uma desgraça, hoje mostram o quanto vivi e o quanto mais deveria ter vivido, pois as histórias que passamos são as nossas verdadeiras riquezas para alma. Descobri que cigarros e bebidas não são tão bons quanto escrevi em "Vícios", mas que sabendo dosar podemos levar uma vida agradável com eles. Que fé nas pessoas não é ruim, mas que realmente " Peoples dont's change" muitas vezes. E que "Desencontro" é ainda o grande problema para ser feliz com alguém.
Esse tempo de boteco, serviu para mostrar que, de uma certa forma, vislumbrei um amadurecimento, se foi involutivo ou evolutivo só o tempo vai dizer. Mas tudo isso porque as marcas que fizeram esse amadurecimento foram profunda. As superficiais infelizmente não serviram para muita coisa. Amadurecimento é tudo, é a grande busca na vida, é o grande mistério.
Sei que ainda estou no inicio do caminho, mas nessa pequena caminhada conseguir aprender muito mais do que escrevi acima. Aprendi que nem sempre um abraço pode acorrentar uma alma. Que o sol na manhã, quando você o olha, não quer te cegar, na realidade dentro da sua magnitude ele está sorrindo para você, te desejando um bom dia! Que a chuva por mais que espraguejamos São Pedro, além de necessária, pode mostrar a tristeza de Deus pelo que estamos fazendo com a nossa vida! Que a vida é linda, mas também é dura e que por mais tentamos pará-la, ela nunca vai deixar de correr. A vida não espera que juntamos nossos cacos! Que um sorriso muitas vezes é a mais gratificante das recompensas e que a ingratidão pode matar! Que se for viver pela metade, então é melhor morrer de uma vez! E principalmente: se a vida é irônica, mais irônico é não vivê-la plenamente.
Por fim, não importa se você ache que vá viver 11 anos ou 100 anos. Busque o amadurecimento, busque a evolução. Esse é nosso único grande desafio!
Divagação - Desabafo – Retrospectiva
Há 14 anos